O café é uma bebida produzida a partir dos grãos torrados do fruto do cafeeiro. É servido tradicionalmente quente, mas também pode ser consumido gelado. O café é um estimulante por possuir cafeína.
Em alguns períodos da década de 1980, o café era a segunda commodity mais negociada no mundo por valor monetário, atrás apenas do petróleo.
A história do café começou no século IX. Originário das terras altas da Etiópia (possivelmente com culturas no Sudão e Quênia) e difundido para o mundo através do Egito e da Europa. A palavra café é originária do árabe qahwa, que significa "vinho", devido a importância que a planta passou a ter para o mundo árabe.
Uma lenda conta que um pastor chamado Kaldi observou que suas cabras ficavam mais espertas ao comer as folhas e frutos do cafeeiro. Ele experimentou os frutos e sentiu maior vivacidade. Um monge da região, informado sobre o fato, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava.
O conhecimento dos efeitos da bebida disseminou-se e no século XVI o café era utilizado no oriente, sendo torrado pela primeira vez na Pérsia.
O café no entanto teve inimigos mesmo entre os árabes, que consideravam suas propriedades contrárias às leis do profeta Maomé. No entanto, logo o café venceu essas resistências e até os doutores maometanos aderiram à bebida para favorecer a digestão, alegrar o espírito e afastar o sono, segundo os escritores da época.
Em 1727, o sargento-mor Francisco de Melo Palheta, a pedido do governador do Estado do Grão-Pará, lançou-se numa missão para conseguir mudas de café, produto que já tinha grande valor comercial. Para isso, fez uma viagem à Guiana Francesa e lá se aproximou da esposa do governador da capital Caiena. Conquistada sua confiança, conseguiu dela uma muda de café-arábico, que foi trazida clandestinamente para o Brasil.
Das primeiras plantações na Região Norte, mais especificamente em Belém, as mudas foram usadas para plantios no maranhão e na Bahia na Região Nordeste.
As condições climáticas não eram as melhores nessa primeira escolha e, entre 1800 e 1850 tentou-se o cultivo noutras regiões: o desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe mudas do Pará para a Região Sudeste e as cultivou no Rio de Janeiro depois São Paulo e Minas Gerais, locais onde o sucesso foi total. Também como fator favorável é citado haver nesses locais e no Paraná a terra-roxa, considerada o melhor solo para o plantio do café. Graças a isso o Paraná tornou-se o maior estado produtor brasileiro em 1959. O negócio do café começou, assim, a desenvolver-se de tal forma que se tornou a mais importante fonte de receitas do Brasil durante muitas décadas.
Vale ressaltar que o sucesso da lavoura do café em São Paulo durante a primeira parte do século XX, levando o Estado a se tornar um dos mais ricos do país, fazendo com que vários fazendeiros indicassem ou se tornassem eles próprios presidentes do Brasil (política conhecida como café-com-leire, por se alternarem na presidência paulistas e mineiros), até que se enfraqueceram politicamente com a Revolução de 1930.
Superada mais essa crise, o Brasil continuou a ser o maior produtor mundial de café, embora nos últimos anos tenha de concorrer com outros países da América Latina.
A maioria das pessoas que consomem café diariamente desconhece as substâncias saudáveis e os seus efeitos terapêuticos:
→ O consumo moderado de café (de três a quatro xícaras por dia) exerce efeito de prevenção de problemas tão diversos como o mal de Parkinson, a depressão, o diabetes, os cálculos biliares, o câncer de cólon e o consumo de drogas como o álcool. Além disso melhora a atenção e, conseqüentemente, o desempenho escolar.
→ O café contém vitamina B, lipídios, aminoácidos, açucares e uma grande variedade de minerais, como potássio e cálcio, além da cafeína.
→ O café tem propriedades antioxidantes, combatendo os radicais livres e melhorando o desempenho na prática de esportes.
→Doenças como infarto, malformação fetal, câncer de mama, aborto e úlcera gástrica ou qualquer outro tipo de câncer não estão associadas ao consumo moderado de cafeína.
→ Melhora a taxa de oxigenação do sangue.
→ A cafeína chega às células do corpo em menos de 20 minutos após a ingestão do café. No cérebro, a cafeína aumenta a influência do neurotransmissor dopamina.
Entre os malefícios causados pelo consumo excessivo de café podemos listar:
→ Causa enfraquecimento do organismo através da perda de sódio, potássio, cálcio, zinco, magnésio, vitaminas A e C, bem como do complexo B.
→ Possui relação direta com a doença fibroquística (eventualmente percursora do “câncer da mama”).
→ Pode causar o aparecimento de polipos (primeiro estágio do câncer no aparelho digestivo), verrugas, psoríases e outras afecções dermatológicas.
→ Provoca uma maior secreção de ácido clorídrico, causando irritações nas mucosas intestinais que causam colites e ulcerações, principalmente para quem sofre de gastrite.
→ Sua ação é acidificante do sangue, propiciando o surgimento de leucorreias, cistites, colibaciloses e variados acessos fúngicos.
O café é, atualmente, a bebida artificial mais consumida no mundo, sendo servidas cerca de 400 bilhões de xícaras por ano.
Pena Branca e Xavantinho - Flôr do Cafezal