sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Inveja

A inveja, conforme Sebastián de Covarrubias, gravura século 16

De uns tempos pra cá tenho percebido que existe um tipo de inveja que até então desconhecia. A inveja de amor. Não imaginava que uma pessoa seria capaz de, inclusive, minimizar uma pessoa que ama outrem, procurando nela defeitos de toda espécie, levantando suspeitas de sua vida pessoal – infundadas – talvez para ridicularizá-la, para passar uma imagem que esta pessoa não é assim tão boa ou até mesmo para mostrar que o amor dela por este outrem não é tão grande, só porque ela mesma não é, nem nunca foi, capaz de amar com a mesma intensidade.

A inveja é o mais mesquinho e perigoso dos sentimentos, dos pecados e quando a inveja é pelo amor que uma pessoa sente por outra, julgo além disso, baixo. Sinto pena e desprezo.

Por isso, o Talvez Útil traz hoje o tema inveja.


Trata-se de um sentimento de aversão ao que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materiais como qualidades inerentes ao ser) e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem. É um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que o ser invejado, não podendo suportar que este seja melhor. A origem latina da palavra inveja é "invidere" que significa "não ver". Com o tempo essa definição foi perdendo o sentido e começado a ser usado ao lado da palavra cobiça, que culminou, então, no sentido que temos hoje.

Os indivíduos almejam poder, riquezas, status e bons sentimentos, como felicidade e amor. Aqueles que possuem tais atributos sofrem do sentimento da inveja alheia dos que não possuem. Isso em psicologia é denominado formação reativa: que é um mecanismo de defesa dos mais "fracos" contra os mais "fortes". Ou seja, o invejo é um fracassado e sabe disso.

A inveja é citada desde tempos antigos descrita em textos, que foram acentuados no capitalismo e no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação. A inveja seria, popularmente falando, a arma dos "incompetentes".

Numa outra perspectiva, a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual, ou sentimental.

A inveja é um dos sete pecados capitais na tradição Católica. É considerado pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bençãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual. É o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa tem e consegue. O invejoso ignora tudo o que é e possui para cobiçar o que é do próximo.

A inveja é freqüentemente confundida com o Pecado Capital da cobiça, um desejo por riqueza material, a qual pode ou não pertencer a outros. A inveja na forma de ciúme é proibida nos Dez mandamentos da Bíblia.

Usualmente utilizo o termo “inveja boa”, (nem sei qual seria o termo correto) que é quando uma pessoa que não possui tal atributo ou qualidade que uma outra pessoa tem, passa a querer ter também, mas sem prejudicar aquele indivíduo. Quando uma pessoa luta com suas próprias forças, com honestidade e caráter para conquistar aquilo que o outro tem e que admira, mas sem prejudicar ninguém.


Onde sapeei: Wikipédia

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Uma semana diferente

Foto: alguém que estava comigo neste momento

Esta semana completei mais uma primavera.

Momentos como este são sempre ótimos, pois vemos o quanto somos amados e fazemos diferença na vida de algumas pessoas.
Estar com bons amigos caminhando durante a noite na praia, molhando os pés e a cabeça; ouvir o choro nostálgico e feliz da mãe; receber telefonemas e mensagens de pessoas que fisicamente estão distantes, fez emergir uma miscelânea sentimental me fazendo imergir em pensamentos.
Já ouvi dizer que depois de uma certa idade, não se tem o que comemorar no aniversário, pois penso justamente o contrário. Em um mundo tão conturbado -mas lindo-, onde cada dia vivido é uma conquista, a cada ano que se passa temos mais o que comemorar. Em um ano, adquirimos mais conhecimento, mais experiência, mais amigos que são somados a tudo que foi consquitado nos anos anteriores.
A velhice não deve ser encarada como algo ruim. Uma pessoa velha não é como um sapato velho que tem que ser eliminado e sim é uma pessoa vivida, com uma uma bagagem de conhecimento gigante. Não me refiro a conhecimentos físicos ou matemáticos - mesmo que os tenha - mas estes, qualquer um pode ter a partir de um certo ponto e outros, nunca tê-los. Me refiro à experiencia de vida e esta, só os anos vividos, as águas passadas por debaixo da ponte e as quedas trazem.
Acho graça quando alguém ri de uma pessoa com mais idade, como se isso fosse algo que merecesse deboche ou como se ter cinco anos a menos que alguém o tornasse melhor. O que este ser não pensa é que aquela pessoa de quem ri já teve a mesma idade, já viveu as mesmas coisas, e está agora à sua frente e merece respeito e admiração. Os que vivem muito são vencedores.
Fico muito grato a todos que estiveram comigo no dia do meu aniversário -tanto fisicamente quanto em pensamento- e fico muito feliz por saber que ainda estou aqui e que Deus sempre está ao meu lado.
Saúde a todos nós e muitas outras primaveras pela frente.


Obs.: a matéria desta semana do Talvez Útil está no
Verde e Laranja.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Velcro


Dando continuidade a uma ideia, falo hoje de uma invenção simples, mas que mudou a história da humanidade, com exageros ou não de minha parte.

Velcro é a marca de um conector consistido em ganchos e voltas usado para conectar objetos. O termo VELCRO é marca registrada na maioria dos países para uma empresa dos Estados Unidos.

O velcro foi inventado em 1941 por Georges de Mestral, um engenheiro da Suíça. Ele inspirou-se após analisar atentamente as sementes de Arctium que grudavam constantemente em sua roupa e no pêlo de seu cão durante sua caminhadas diárias pelos Alpes. Georges examinou o material através de um microscópio e distinguiu diversos filamentos entrelaçados terminando em pequenos ganchos, causando a potente aderência dos carrapichos nos tecidos. Por fim concluiu ser possível a criação de uma material para unir dois materiais de maneira reversível e simples que consiste em duas camadas: o lado do gancho, que é um pedaço de tecido coberto por pequenos ganchos plásticos; o lado da volta, que é cobertos por ainda menores pedaços de voltas plásticas. Existem variações para o sistema que incluem, por exemplo, ganchos em ambos as camadas. Quando os lados são pressionados os ganchos envolvem as voltas e as peças são mantidas juntas. Quando as camadas são separadas é gerado um som bastante característico do material. Desenvolveu então o produto e submeteu a idéia para patente em 1951. O pedido suíço foi seguido por outras patentes nacionais, desta vez através de sua companhia Velcro S.A. A partir do relatório descritivo da patente estado-unidense pode-se ver a aparente simplicidade da invenção. O nome VELCRO é uma referência as palavras em francês velours (que significa veludo) e crochet (que significa gancho). Atualmente o uso e aplicação do produto são várias, e a palavra velcro tornou-se um termo genérico para referir-se ao material.


Onde sapeei: Wikipédia, Floral Images (UK) e Talvez Útil.