domingo, 16 de agosto de 2009

A pessoa menos chique da noite.

Olá, caros leitores do Blog do Vitor Veríssimo. Quem fala aqui é o Mauro, afilhadoa do Vitor. Ao contrário do seu querido blogueiro [/nãoironia] eu não farei um post didático tentando esclarecer dúvidas nos seus pobres coraçõezinhos.



Mas estou aqui para falar sobre uma coisa interessante que acontece comigo às vezes: lá estou eu vivendo minha vida, feliz e contente, quando de repente eu me vejo mudando de ambientes e indo de um bar pruma balada, de uma aula pra casa de um amigo, de um churrasco prum cinema, enfim. Por exemplo, a penúltima balada que eu fui: O Berlin, eu não fazia ideia de que eu iria parar lá, eu estava vivendo feliz e contente, com meus amigos no bar, quando de repente, minha irmã passa lá na frente e me diz "Berlin" e eu penso, como eu penso para tudo:



Por que não?



E acabou que eu fui do bar pro Berlin, vejam bem que desastre: com a mesma roupa que eu estava antes, no bar. Não foi assim, péssimo, já que no dia do jazz, por algum motivo, só tem hippie no Berlin, então mesmo que eu tivesse rolado na lama antes de chegar lá, eu estaria aceitável ao entrar.



Mas existem situações e situações, não é mesmo?


(foto da Marina na casa do Diego)


Vejam bem: eu cheguei todo pintado de quebra cabeças na casa de alguns amigos, pobres amigos desavisados!


Então bom, percebe-se que às vezes eu vou de maneiras, hum... Inadequadas para alguns lugares. Mas em geral, quando tem uma festa ou algo que tem que ir de gala, ou de esporte fino, eu consigo dar um jeito de chegar direitinho, consigo colocar uma roupa decente antes de chegar na festa ou o que quer que seja.

Mas existe outra coisa que se precisa precisar sobre minha pessoa: eu vou ao teatro, e em geral eu vou a teatros do Célia Helena, ou do Centro Cultural, dois lugares que não exigem exatamente uma roupa muito adequada ou muito chique.

Mas acontece que uma amiga minha decidiu me chamar pra assistir uma peça chamada "Z.É. - Zenas Emprovisadas" (deixando totalmente de lado o fato de a qualidade da peça não ser lá essas coisas, é necessário precisar que) é um nome que não dá muito uma ideia de 'peça chique, preciso ir de gala!', quer dizer, o nome dessa coisa é "Z.É.", se se chamasse, não sei "O maravilhoso estrago que aconteceu na mansão de Sr. Pitangüi", eu até consideraria colocar alguma coisa mais chiquezinha, mas eu imaginei que não, seria muito de boa.

Então eu fiz assim: acordei hoje às 11h00 coloquei uma roupa bem basicona (camisa da turnê do My Chemical Romance na América do Sul, calça azul marinho bem escuro com um furinho bem pequeno e chinelo havaiana) e fui encontrar uma amiga minha que chegou há pouco tempo de Foz do Iguaçu.

Bom, aí eu decidi me manter com a mesma roupa o dia todo, afinal, teatro, não é nada extremamente chique. ("Não, vai, talvez o chinelo não caia muito muito bem, melhor colocar meu all star, apesar de não combinar nem um pouco.")

Nossa, mas que má ideia, que má ideia! Chegando lá no HSBC Brasil, além de perceber que teve show do Zeca Baleiro ontem e que eu não fui, eu ainda percebi que alguém merecia ganhar um prêmio de "A pessoa menos chique da noite." esse alguém era eu. Não vou dizer que estavam todos vestidos como se estivessem no Oscar, seria ir longe demais. Mas mesmo assim! Algumas mulheres de vestido e salto alto, e eu lá, com minha calça com aquele buraco que mais parecia que eu tinha ido pra guerra.

Bem, tudo bem, eu fiz anos e anos de teatro pra quê? Pra chegar num lugar onde vai passar "Z.É." e ficar com vergonha por causa da minha roupa? Ah-mas-de-jeito-nenhum! Então esperei a Mitcha chegar, e lá estava eu pensando, Meu Deus, pra quê? Pra quê se produzir tanto pra ver uma peça? O século XIX já passou! Atualmente as pessoas vão ao teatro para ver a peça, não para aparecer!

Quando a Mitcha finalmente chegou, fiquei feliz em me deparar com uma feliz verdade: "Essas pessoas não estão tão acostumadas a ir ao teatro, e quando elas vão, vão ao teatro Abril pra ver musical da Broadway!" (Certo, a Mitcha não falou isso, ela só falou a primeira parte da frase, mas minha cabeça fez o resto na hora.) Certo, seria julgar um pouco demais as pessoas, mas se alguém vai no teatro com aqueles cabelos, aquelas roupas e aquelas maquiagens, fica bem claro que aquelas pessoas não costumam assistir muitas peças de R$15 no Centro Cultural!

Bom, mas no final eu nem gostei da peça de qualquer jeito, então quem se importa com a minha roupa, não é mesmo?


Mauro Vilela Pietrobon

Um comentário:

Thayze Darnieri disse...

... foi util saber qe não é exatamente necessário se produzir para ir ao teatro! =)

... maurinho, hoje, descobri qe o meu problema com o seu blog é somente a letra, uma vez que é sempre divertido e agradavel ler o qe voce escreve e agora foi ainda mais.