Medusa

Desde criança, os mitos gregos sempre me encantaram. O que mais me marcou, de fato, foi o da Medusa. A história da linda mulher que teve seus cabelos transformados em cobras e transformava os homens em pedra ao olhar-lhes me fascinou. Na verdade, sempre admirei e tive pena dessa mulher, que foi apenas uma vítima da inveja.

Na mitologia grega, Medusa era a única mortal das três irmãs Górgonas, que eram Medusa, Esteno e Euríale.
Górgonas era a alcunha que se dava a três das filhas de Fórcis e Ceto. As três irmãs eram extremamente belas e seus cabelos, invejáveis. Eram, todavia, desregradas e sem escrúpulos, fato que causou a irritação dos demais deuses, principalmente de Atena, que se admirou em ver que a beleza das Górgonas as fazia exatamente idênticas a ela. Então, Atena, invejosa da beleza delas, deformou-lhes a aparência, determinada a diferenciar-se. A deusa da sabedoria transformou os belos cachos das irmãs em ninhos de serpentes letais e violentas, que picavam suas faces. Ainda, transformou seus belos dentes em presas de javalis, fez com que seus pés e mãos macias se tornassem frio e pesado bronze e cobriu suas peles com escamas douradas. Para piorar, Atena condenou-as a transformar em pedra tudo aquilo que pudessem contemplar seus olhos. Assim, o belo olhar das Górgonas se transformou em algo perigoso.

Perseu foi o responsável pela morte de Medusa, decapitando-a. Para tal, usou um escudo tão polido que parecia um espelho e colocou-o à sua frente. Medusa não poderia petrificá-lo, pois ele não a estava olhando diretamente, o que a fez indefesa. Assim, Perseu enfiou uma espada no seu pescoço, do qual havia duas veias jorrando sangue – de uma, um veneno mortal e de outra, um fluido que poderia ressuscitar qualquer morto.